12.7.12

Movies

The Amazing Spider-Man (2012)



Beware of Spoilers.

A primeira vez que vi Spider-Man devia ter à volta de 9 anos.  Com o Tobey Maguire e a Kristen Dunst. Acho que é desde aí que tenho um fraquinho pelos nerds e oprimidos, não sei.
Gostava de tudo no Peter Parker do Tobey: o look nerdy, a maneira atrapalhada como falava com a Mary Jane, a maneira como tratava os tios. Mas nunca gostei da Mary Jane. Bem, não da Mary Jane, mas da Kristen como Mary Jane. Não me perguntem porquê, não sei ao certo. Talvez fossem os gritos estridentes dela que me faziam sangrar dos ouvidos, ou por ser burra por não ter ficado logo com o Peter, não tenho a certeza.
Gostei do Norman Osborn como vilão, com o alter-ego psicopata and what not, como Green Goblet. Era exciting pensar que ele era pai do melhor amigo do herói, muito dramático, especialmente no final quando o Harry encontra o Spider-Man com o corpo do pai.
Dois anos depois, sai a prequela, com o Doctor Octopus como vilão, com a Mary Jane  descobrir a verdadeira identidade do Peter Parker, ou do Spider-Ma, neste ponto da história nem ele sabe bem quem é.
Três anos depos, Spider-Man 3.
O vilão, aos meus olhos, não era tão vilão assim e mais um vilão de circunstância. Claro, temos o Harry ainda atrás do Spider-Man por ter morto o pai, a Mary Jane ainda como atriz, namora com o Peter, já este a tentar lidar com a identidade secreta e ser Peter Parker. Para atiçar mais as coisas, uma substância alienígena cai na Terra e forma simbiose com o Spider-Man, causando uma luta constante entre o lado bom e o mau and what not.
A verdade é que a adaptação dos comics de Stan Lee são sempre um sucesso.
Falou-se num Spider-Man 4, mas não foi para a frente e daí surgiu o reboot, The Amazing Spider-Man.
Reboot este, com o qual eu estou extremamente contente.
Porquê?
Principalmente por causa do cast.
Andrew Garfield e Emma Stone nos principais papéis, como Peter Parker e Gwen Stacy, respectivamente e Rhys Ifans como vilão. Vá lá....
Tinha tudo para funcionar, e funcionou.
A febre voltou, foi um boost de energia para o ecrã e para a audiência e foi muito bem feito.
Há quem diga que este filme teve um elemento muito dark, que não estava presente nos outros. Não é verdade.
O filme começa com o Peter ainda em criança, com os pais a fugirem de casa e a deixarem-no com os tios. Algo que não tínhamos visto nos primeiros filmes, onde assumíamos que eles tinham morrido, simplesmente, e não fugido e depois morrida, é uma headache. Fiel aos comics, o Peter cresce com os tios e sofre de bullying na escola por parte de Flash (whatch out for this bamf, porque devem conhece-lo de The Secret Circle e vai entrar na próxima season de American Horror Story), verdadeiro nome Eugene. Obviamente, tem uma crush na Gwen Stacy que, diferente da Mary Jane, é um nerdy herself, daí identificar-se com o Peter.
A história desenvolve quando o Peter encontra uns documentos secretos do pai que o ligam à corporação Oscorp, onde descobre que ele e um parceiro de laboratório estavam a tentar desenvolver uma cura para todas as doenças, um cross breeding entre humanos e animais.
E é aí que Parker se torna Spider-Man, ao ser mordido por uma aranha radioactiva quando andava por lados do laboratório onde não devia estar.
A história desenvolve-se com o Peter a ajudar o ex-parceiro de laboratório do pai a encontrar a equação que lhe permite criar tal solução. Mas acaba por correr mal.
O que muita gente se perguntou é como algume que tem 17 anos tem tanto conhecimento aprofundado sobre bioquimica e moléculas e what not, uma vez que nada de interessante se aprende na escola. A verdade é que o Peter é nerd, okay, com um bocadinho de research e a ajudo dos documentos do pai, para ele, não deve ter sido muito difícil. Para além de que, acho que a equação vinha dos docs do pai, por isso é que ele diz que o Pai os tinha escondido por uma razão.
Depois de ter sido mordido, começam as alterações no seu corpo e estado de espírito porque, vá lá, depois do bullying vê-se super poderoso e BAM, vamos humilhar toda a gente.
E admitam, é uma das melhores partes dos filmes quando vemos os grandalhões a chorar, basicamente.
E, claro, o Peter desleixa-se com os tios, acabando por, indirectamente, provocar a morte do tio.
E começa a sua quest para encontrar o assassino.
Algo que vai continuar no próximo filme (sim, porque vão haver mais dois!).
Entretanto, com a equação do Peter o  Dr. Curt Connors - este sendo o ex-parceiro de laboratório do pai do Peter - vão testar a fórmula em si próprio, o que não devia ter feito porque corre mal e ele acaba como Homem-Lagarto.
Duh.
Já sabem o resto. Same ol', same ol'.
A Gwen descobre quem é o Peter Parker, algo que achei awesome porque não aguentava mais um filme sem ela saber, como os anteriores, para além de que, toda a cena onde ele conta, está fantástica e muito realística.
Assim como todo o filme e é na minha opinião, o que o distingue dos antigos, o elemento realístico da coisa toda (esquecendo o facto de ele ser metade aranha, metade humano e o outro ser metade lagarto, metade humano). Mas é um filme onde nos podemos identificar, isto é, com o Peter a ser descuidado com os poderes, com ele a quebrar as regras e a ser um badass só porque pode porque, vá lá, tendo 17 anos ninguém gosta que lhe digam o que pode ou não fazer. Claro que ele não vai obedecer aos tios, claro que ele não vai não humilhar o Flash só porque é a coisa certa a fazer, ele vai usar os poderes porque pode, porque quer e porque, sinceramente, o Flash mereceu.

Tenham atenção à cena na escola depois do tio dele morrer porque foi tão bem feita que me traz a lágrimas só de pensar nela. Tem um elemento psicológico forte, o de que todos os bullys têm uma razão para o ser. As palavras do Flash ao Peter são as de alguém que sabe do que fala e, sem querer parecer muito clliché, e as de que já sofreu, ou sofre, ainda.
Foi linda, foi mesmo. Pelo elemento psicológico e emocional. Pela actuação do Andrew que é a de alguém de 17 anos que não sabe o que fazer à vida, nem aos seus super-poderes.

O filme acaba como todos os filmes de super-heróis acabam (esquecendo o Kick-Ass porque a morte do Big Daddy era escusada), com o mau da fita derrotado, com os protagonistas juntos (ao fim de alguns percalços, vocês sabem, o normal, pais mortos e promessas partidas)  com a promessa que no próximo filme ainda continuamos com a quest pela verdade sobre o que aconteceu aos pais do Peter.

Os momentos de comic relief foram de génio, os efeitos especiais melhoraram, mas com a CGI que há em todo o lado agora, não é nada que já não tenhamos visto antes mas, overall, great, great movie.

5 comentários:

  1. eu adorei, eu adoro o Spider Man! só tenho pena que este policia nao usasse o termo aranhiço, eu gostava tanto ahaha

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  2. Eu também gostei :D
    Mas, uma coisa que me incomoda imenso é onde é que ele punha o tlm? Porque é que ninguém lhe roubava a mochila?

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    1. Não percebes nada, Melissa Maria.
      Ele deixava a mochila em cima de pontes e assim.
      E o telemóvel...no cabelo? E a máscara kinda holds it.
      Ou então por dentro do fato, u know, let it slide down his back...
      BE CREATIVE, essa é a ideia.

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    2. é é
      porque é que nunca se nota o telemóvel no fato? ah...

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    3. Mel...não é como se andássemos às apalpadelas ao rapaz, não é...
      Não que eu não me importasse, vá.

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